No artigo de hoje falaremos sobre Geraldo Assoviador. Este tema é de extrema importância na sociedade atual, pois tem um impacto significativo em vários aspectos do nosso dia a dia. Ao longo dos anos, Geraldo Assoviador tem sido alvo de debates, pesquisas e discussões, demonstrando sua relevância em diversas áreas. Portanto, é essencial entender bem o que é Geraldo Assoviador e como ela influencia nosso dia a dia. Através deste artigo, propomos analisar detalhadamente as diferentes facetas de Geraldo Assoviador, a sua história, o seu impacto na sociedade e as possíveis soluções ou propostas para resolver esta questão.
Informações pessoais | ||
---|---|---|
Nome completo | Geraldo Cleofas Dias Alves | |
Data de nascimento | 16 de abril de 1954 | |
Local de nascimento | Barão de Cocais, Minas Gerais, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Data da morte | 26 de agosto de 1976 (22 anos) | |
Local da morte | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil | |
Altura | 1,76 m | |
Pé | destro | |
Apelido | O Assoviador | |
Informações profissionais | ||
Posição | meio-campista | |
Clubes profissionais12 | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1973–1976 | Flamengo | 168 (13) |
Seleção nacional3 | ||
1975–1976 | Brasil | 7 (0) |
|
Geraldo Cleofas Dias Alves (Barão de Cocais, 16 de abril de 1954 — Rio de Janeiro, 26 de agosto de 1976[1]), mais conhecido por Geraldo Assoviador, foi um futebolista brasileiro que atuou como meio-campista.[2][3]
Uma das maiores revelações do futebol brasileiro nos anos 70, Geraldo era conhecido pelo seu excepcional controle de bola, visão de jogo e o futebol alegre. Por jogar cantarolando, ganhou o apelido de "assoviador".[4] Para o historiador Luiz Antonio Simas, a maneira de ser de Geraldo era uma marca de sua brasilidade. “Esse hábito de jogar assoviando deu a Geraldo a fama de irresponsável, irreverente, descompromissado, chupa-sangue e outras baboseiras do gênero. Queriam que o neguinho Geraldo, mineiro de Barão de Cocais, se comportasse como um respeitável centro-médio europeu, de cenho franzido e olhar de touro brabo, uma espécie de candidato a meia direita da seleção da Escócia. Mas Geraldo era brasileiro”.[5]
Sua morte prematura causou comoção no País. Principalmente entre os companheiros de profissão. Por conta disso, dias após sua morte, Geraldo foi homenageado com a disputa entre Flamengo e Seleção Brasileira de uma Taça que levou seu nome, com o objetivo de arrecadar dinheiro para sua família.[6][7]
Nascido em Barão de Cocais-MG, Geraldo era um dos cinco rapazes, de um total de nove filhos, de uma família que pôs em campo cinco jogadores de futebol, dos quais três se destacaram. Lincoln, o mais velho, jogou no América e no Atlético mineiros, enquanto Washington atuou no rubro-negro como zagueiro central, mas só ele se tornou um astro maior.[8]
Contemporâneo de Zico, Geraldo começou sua carreira nas divisões de base do Flamengo no final dos anos sessenta, e morava nas dependências do clube, no “Morro da Viúva”.
Um dia, o treinador Mário Jorge Lobo Zagallo descobriu seu futebol em um dos treinos do juvenil. No dia seguinte, Zagallo trouxe o garoto “assoviador” para treinar no elenco principal.
Com o clube, foi Campeão da Taça Guanabara de 1973 e campeão carioca de 1974.
Segundo o Almanaque do Flamengo, de Clóvis Martins e Roberto Assaf, Geraldo disputou 168 jogos com a camisa rubro-negra (94 vitórias, 40 empates, 34 derrotas) e marcou 13 gols.[3]
Geraldo estrou na seleção brasileira na Copa América de 1975.
Ao todo, fez sete jogos pela Seleção Brasileira.
Com acompanhamento médico regular, como é comum aos atletas profissionais, descobriu-se que Geraldo tinha inflamações crônicas na garganta e o departamento médico do clube recomendou a retirada das amígdalas[8] porque ela supostamente aceleraria a recuperação em contusões.
Geraldo não queria operar (anos mais tarde Zico revelaria que Geraldo tinha pavor de operações), mas aceitou pois "se não operasse, reforçaria a injusta fama de indisciplinado", relato do inseparável amigo Serginho, enfermeiro do Flamengo.[9]
A contragosto de Geraldo, portanto, sua operação foi agendada para o dia 25 de agosto de 1976. Porém, por questões burocráticas, Geraldo só foi internado no dia seguinte, desfalcando a equipe que jogara no dia anterior em Fortaleza contra o Ceará.
Geraldo deu entrada no Hospital Rio-Cor, em Ipanema, para retirar as amígdalas quando o relógio marcava 7 horas da manhã do dia 26. Pouco tempo depois, o médico otorrinolaringologista Wilson Junqueira iniciou os procedimentos e aplicou o anestésico local.
Vinte minutos após o início da cirurgia, Geraldo se sentiu mal e seu coração parou. A equipe médica tentou reanimá-lo com injeções e choques elétricos.
As 10h30m Geraldo sofreu uma segunda parada cardíaca e faleceu vitimado por um choque anafilático causado pela anestesia.
No dia de seu enterro, em Barão de Cocais, a prefeitura decretou feriado e uma multidão de cerca de três mil pessoas acompanhou o sepultamento do seu filho mais ilustre. As bandeiras nacional e do município tremularam com uma faixa preta em sinal de luto.[8]
A morte de Geraldo foi cercada de polêmicas. Sua mãe, Nilza Alves, recusou-se a aceitar como causa da morte uma parada cardíaca. O chefe da equipe médica que operou o jogador, Wilson Junqueira, disse na ocasião que a extração das amígdalas transcorrera sem problemas, mas que os distúrbios circulatórios começaram 20 minutos após a cirurgia, sem um motivo específico. Acrescentou que antecedentes de saúde poderiam ter provocado a morte.[8]
O médico do Flamengo à época, Célio Cotechia, acredita que a parada cardíaca que vitimou Geraldo se deveu a uma intolerância orgânica à anestesia local ou a outros medicamentos ingeridos durante o periodo de preparação para a operação. Ele assinou o atestado de óbito, e fez a ressalva de que sua explicação para a causa da morte do jogador poderia não ser definitiva. Afirmou ainda tratar-se de um caso rarissimo e que ele fazia questão de isentar de culpa a Clinica Rio-Cor e os médicos que assistiram o jogador e não mediram esforços para salvá-lo.[10]
Para muitos - como Oswaldo Brandão[3], Vanderlei Luxemburgo[11], dentre outros - Geraldo era melhor do que Zico.[3] Oswaldo Brandão disse certa vez: “Ele é um menino que tem muito o que aprender em matéria de disciplina tática, mas carrega um potencial de craque, e por isso vou insistir com ele na Seleção Brasileira”, afirmou.[9]
Zico afirma que Geraldo tinha um estilo refinado de jogar bola. "Geraldo jogava com a cabeça sempre em pé. Não olhava para a bola. Aliás, parecia até que tinha nojo dela. Era engraçado. Tinha muita habilidade". Ainda segundo Zico, ele só tinha um defeito como jogador: "Ele não gostava muito de chutar para o gol. Sempre preferiu fazer as jogadas e tocar para alguém. Teve um dia que ele fez uma fileira de adversários e saiu na cara do gol. O jogo era contra o Olaria. A partida estava empatada, já nos minutos finais. Então, eu tomei a bola dele e fiz o gol".[3]
Ano | Jogos | Gols Marcados | Média | Cartão Amarelo | Cartão Vermelho |
1973 | 17 | 0 | - | - | - |
1974 | 59 | 4 | - | - | - |
1975 | 64 | 6 | - | - | - |
1976 | 29 | 3 | - | - | - |
Total | 169 | 13 | - | - | - |
# | Data | Partida | Local | Torneio | Ref. |
---|---|---|---|---|---|
01 | 30/09/1975 | Brasil 1–3 Peru | Estádio do Mineirão, Belo Horizonte | Copa América de 1975 | [12] |
02 | 04/10/1975 | Peru 0–2 Brasil | Estádio Alejandro Villanueva, Lima | Copa América de 1975 | [12] |
03 | 21/02/1976 | Brasil 1–0 Seleção Brasiliense | Centro Desportivo Presidente Emilio Garrastazu Médici, Brasília | Amistoso | data=julho de 2022}} |
04 | 27/02/1976 | Argentina 1–2 Brasil | Estádio Monumental de Nuñez, Buenos Aires | Copa Roca de 1976 | [12] |
05 | 19/05/1976 | Brasil 2–0 Argentina | Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro | Copa Roca de 1976 | [12] |
06 | 02/06/1976 | Brasil 4–3 Unam Pumas-MEX | Candlestick Park, San Francisco | Amistoso | [carece de fontes] |
07 | 09/06/1976 | Brasil 3–1 Paraguai | Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro | Taça Oswaldo Cruz | [12] |