No mundo atual, Jardim Botânico de São Paulo é um tema que tem ganhado relevância em diversas áreas. Da educação à tecnologia, passando pela política e pela saúde, Jardim Botânico de São Paulo captou a atenção de vários atores e gerou um amplo debate na sociedade. À medida que o tempo passa, torna-se evidente que Jardim Botânico de São Paulo é uma questão que não pode ser ignorada, pois o seu impacto é cada vez mais palpável na vida quotidiana das pessoas. Neste artigo iremos analisar diferentes aspectos relacionados com Jardim Botânico de São Paulo, de forma a compreender a sua importância e as implicações que tem na nossa realidade atual.
Jardim Botânico de São Paulo
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Imagem aérea do Jardim Botânico de São Paulo | |
Localização | Avenida Miguel Estéfano, 3687 - Água Funda, São Paulo |
Tipo | Jardim botânico |
Área | 360.000 m² |
Inauguração | 1928 |
Administração | Governo do estado de São Paulo |
Coordenadas | 23° 38′ 30,7″ S, 46° 37′ 14,2″ O |
O Jardim Botânico de São Paulo foi fundado em 1928 a partir de um convite feito ao naturalista brasileiro Frederico Carlos Hoehne, para que implantasse um projeto de botânica na região da Água Funda, na cidade de São Paulo. Antes disso a região servia para abastecimento de água do Ipiranga (bairro da cidade de São Paulo). Nesse mesmo ano foi criado por Frederico o Orquidário de São Paulo, considerado o marco inicial do jardim. Porém, foi apenas em 1938, com a criação do Departamento de Botânica de São Paulo, que o espaço foi definidamente oficializado.[1]
O local tem o objetivo de mostrar o quanto a natureza é importante, e enfatizar cada vez mais o cuidado que se deve ter com a biodiversidade, a partir desse intuito ele abriga inúmeros seres vivos, como por exemplo árvores que estão em risco de extinção e 139 espécies de aves.[2] Atualmente, o local possui cerca de 360 mil metros quadrados, espaço que abriga 380 espécies diferentes de árvores e animais como os tucanos-de-bico-verde, preguiças e bugios.[3]
Em 2021, o parque foi concedido à iniciativa privada para gestão pelos próximos 30 anos, juntamente com o Zoológico de São Paulo e o Zoo Safari, depois de o Consórcio Reserva Paulista vencer o processo licitatório.[4] O direito de concessão inclui atividades como manejo, manutenção e melhorias na infraestrutura, exploração econômica, educação ambiental e apoio à pesquisa.[5][6] Após ter ficado fechado devido à pandemia de Covid-19, o parque, já sob gestão privada, foi reaberto em 2022 e o valor de entrada teve um aumento de 150%.[7]
A história do Jardim Botânico de São Paulo remonta ao final do século XVIII, com a criação do primeiro Jardim Botânico do estado, implantado no bairro da Luz, na capital paulista, por ordem do aviso régio de 19 de novembro de 1798,[8] expedido por D. João VI. A construção foi iniciada em 1799 e concluída em 1825, com o objetivo de aclimatar plantas de valor econômico e especiarias, sem, contudo, alcançar tais metas, resultando em sua transformação em espaço de lazer sem coleções botânicas relevantes. A segunda tentativa de estabelecer um jardim botânico na cidade foi liderada em 1898 pelo botânico Alberto Löefgren, integrante da Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo, que fundou o Horto Botânico da Cantareira na Serra da Cantareira, notável por sua organização e estudos sobre a vegetação, mas cujo destino também foi alterado para um horto florestal em função de interesses econômicos. [8]
A iniciativa definitiva ocorreu em 1928, sob a liderança do então Secretário da Agricultura, Indústria e Comércio do Estado, Dr. Fernando Costa, que designou uma área na região das nascentes do Riacho do Ipiranga, local de relevante importância histórica e ambiental, para a criação do atual Jardim Botânico de São Paulo. A concepção do projeto foi confiada ao naturalista Frederico Carlos Hoehne, que idealizou o Jardim como espaço de valorização da flora regional. Entre suas primeiras ações, destacou-se a implantação do Orquidário do Estado, aberto à visitação em 1929.[8] O Jardim Botânico foi oficializado em 1938, sendo vinculado ao Departamento de Botânica do Estado. Hoehne defendeu desde o início a função educativa dos jardins botânicos, antecipando conceitos de educação ambiental, e promoveu ações como o Curso de Botânica Prática em 1939, voltado a funcionários do Jardim, e a criação do Museu Botânico “Dr. João Barbosa Rodrigues” em 1942, voltado ao público estudantil. Ao longo de mais de oito décadas, o Jardim Botânico de São Paulo tem cumprido suas funções originais por meio da manutenção de coleções botânicas, pesquisas voltadas à conservação da flora e atividades educativas, tendo passado por reformas estruturais que incluem a canalização do córrego local e o enriquecimento de sua flora com espécies nativas da Mata Atlântica, consolidando-se como espaço de relevante valor histórico, científico, educativo e turístico.[8]
No Jardim, encontram-se também o Instituto de Botânica e o Museu Botânico de São Paulo, e o parque está também geograficamente implantado no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, popularmente conhecido como Parque do Estado.[11] O Instituto dispõe de uma biblioteca com cerca de 6.400 livros, inúmeras obras do século XX e um dos maiores acervos botânicos que existem no estado de São Paulo. Já no Museu Botânico é possível encontrar inúmeras amostras de plantas da flora brasileira, uma coleção de produtos extraídos de plantas (como fibras, óleos, madeiras e sementes), além de quadros e fotos representativos dos diversos ecossistemas do Estado.
No conjunto de atrações do Jardim Botânico de São Paulo destacam-se além do Instituto e do Museu, a Alameda Fernando Costa, o Córrego Pirarungáua, as Escadarias/Jardim de Lineu - inspirados no Jardim Botânico de Upsália, na Suécia - duas estufas consideradas marcas históricas do Jardim Botânico (uma alojando plantas típicas da Mata Atlântica e a outra destinada a exposições temporárias), o Lago das Ninféias, o Jardim dos Sentidos, a Trilha da Nascente do Riacho do Ipiranga e o Portão Histórico de 1894.[12][13]