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Vila Nova da Baronia
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Freguesia | |
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Gentílico | vilanovense |
Localização | |
Localização de Vila Nova da Baronia em Portugal | |
Coordenadas | 38° 17′ 20″ N, 8° 02′ 28″ O |
Região | Alentejo |
Sub-região | Baixo Alentejo |
Distrito | Beja |
Município | ![]() |
Código | 020302 |
Administração | |
Tipo | Junta de freguesia |
Características geográficas | |
Área total | 128,33 km² |
População total (2021) | 1 084 hab. |
Densidade | 8,4 hab./km² |
Código postal | 7920 - xxx Vila Nova da Baronia |
Sítio | https://vilanovadabaronia.freguesias.pt/ |
Vila Nova da Baronia é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Vila Nova da Baronia do Município de Alvito, freguesia com 128,33 km² de área[1] e 1084 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 8,4 hab./km².
Vila Nova da Baronia situa-se a pouco menos de 140 km a sul de Lisboa, e a cerca de 40 km da sede de distrito, Beja.
Outrora foi chamada Vila Nova de Alvito, Vila Nova a par de Alvito e Vila Nova a par de Viana, tendo recebido o atual nome no século XVIII, por fazer parte dos domínios do barão de Alvito. Foi vila e sede de concelho entre 1280 e 1836. Este era constituído apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 704 habitantes.
A povoação existe pelo menos desde o século XIII, sendo referida como tendo sido fundada em terrenos oferecidos em 1257 pelo concelho de Évora a Estêvão Eanes, chanceler-mor do rei D. Afonso III, que depois os integrou no seu couto de Alvito.[3] Originalmente chamava-se Vila Nova de Alvito, tendo ao longo da sua história passado por várias denominações, como Vila Nova a par de Alvito, Vila Nova junto a Alvito ou Vila Nova junto a Viana, só tendo recebido o nome definitivo de Vila Nova da Baronia no século XVIII, por estar inserida no senhorio dos Barões de Alvito.[3]
Em 1279, foi deixada em testamento por Estêvão Eanes à Ordem da Santíssima Trindade de Santarém, que logo no ano seguinte lhe passou um foral.[3] Porém, em 1283 o senhorio deixou de estar na posse da ordem, devido a conflitos com o rei D. Dinis, ficando apenas com o padroado das igrejas.[3] Os terrenos passaram para as propriedades da coroa no ano seguinte, e em 1289 o rei confirmou o foral.[3] A Ordem da Trindade também terá sido responsável pela primeira Igreja Matriz de Vila Nova da Baronia.[4]
Em 1315, D. Dinis cedeu o senhorio à sua sobrinha, D. Isabel, tendo estado na posse desta família até 1368, quando o rei D. Fernando o entregou a D. João Afonso Tello, em conjunto com Alvito.[3] No entanto, regressou à coroa na sequência da Crise dinástica de 1383–1385, com o afastamento dos nobres que tinham estado aliados a Espanha.[3]
Assim, em 1384 é doada por D. João I a Fernão Álvares Pereira, sendo então conhecida como Vila Nova de Alvito, mas logo no ano seguinte voltou para os bens da coroa.[5] Em 1387, o rei D. João I entregou ambos os senhorios a Diogo Lopes Lobo, tendo-se mantido na posse desta família até ao fim das donatarias.[3] O monarca confirmou todos os privilégios em 1391.[5]
Em 1516 o rei D. Manuel I emitiu um novo foral, sendo também neste ano instalado o Vila Nova da Baronia, de acordo com uma inscrição naquele monumento.[5] O período entre os séculos XVI e XVII foi de grande expansão em termos de edifícios religiosos no concelho, com a reconstrução da Igreja Matriz, e a construção da Igreja da Misericórdia, da Ermida de Santo António,[4] da Capela de Nossa Senhora da Conceição,[6] e da Capela de Santa Ágata.[7] Nesta época destaca-se igualmente a instalação da Ponte do Azinhal.[4]
A vila teve uma judiaria, na área da moderna Rua Professor Egas Moniz, tal como uma mouraria.[3]
No século XVIII o concelho ganhou o nome definitivo de Vila Nova da Baronia, e nas memórias paroquiais de 12 de Maio de 1758, a vila é descrita como tendo 189 vizinhos, dois juízes ordinários e câmara, e pertencendo ao conde-barão D. José Lobo da Silveira Quaresma.[5]
Vila Nova da Baronia foi um concelho próprio até 1836, com autonomia administrativa e judicial,[3] sendo dois vestígios desse período o pelourinho quinhentista e o edifício dos antigos Paços do Concelho,[4] este último construído no século XVII.[8] Passou a fazer parte do concelho de Alvito, estando então integrada na Diocese e comarca de Évora, e na provedoria de Beja, enquanto que do ponto de vista judicial passava a estar dependente de Alvito.[3] Porém, esta medida não foi bem acolhida pelas populações locais, tendo sido feitas várias tentativas para sair do concelho de Alvito.[3] A primeira, em 1869, não teve sucesso, tal como uma proposta de 1871 para se juntar Vila Nova da Baronia ao município de Viana do Alentejo.[3] Esta última foi vigorosamente contestada pela Câmara Municipal de Alvito, alegando que tal medida iria não só reduzir o Distrito de Beja, como iria colocar em causa a existência do próprio concelho de Alvito e da comarca de Cuba.[3] Entretanto, em 15 de Fevereiro de 1864 a vila passou a estar servida por caminho de ferro, com a inauguração do lanço da Linha do Alentejo entre Vendas Novas e Beja.[9]
No século XX, apesar da situação de declínio em que se encontrava o concelho,[10] ainda se regista a construção de algumas infraestruturas, como a Casa do Povo,[11] e uma escola primária em Vila Nova da Baronia, no âmbito do Plano dos Centenários, iniciado na década de 1940 pelo Estado Novo.[12]
Em 10 de Junho de 2015 foi inaugurado na vila um monumento aos combatentes na Guerra do Ultramar.[13] Nas décadas de 2010 e 2020 a freguesia foi alvo de vários empreendimentos públicos por parte da autarquia de Alvito, incluindo a remodelação da ETAR em 2018,[14] e principalmente a instalação da Zona de Actividades Económicas de Vila Nova da Baronia, cujas obras arrancaram em 2023, e que tinha como finalidade «dotar a vila de lotes com características adequadas a fixação de empresas que contribuam para o desenvolvimento económico do concelho».[15][16]
É servida pela Estrada Nacional nº 383, que assegura a ligação à localidade do Torrão (18 km) e por estradas intermunicipais e municipais que asseguram as ligações à sede do município, Alvito (5 km), a Viana do Alentejo (5 km) e a Ferreira do Alentejo (32 km).
A Estação Ferroviária de Vila Nova da Baronia foi uma importante estação na região, sendo uma das poucas a ser servida por comboios Intercidades no Baixo Alentejo, fazendo várias ligações diárias a Lisboa, Évora e Beja.
Atualmente, no Baixo Alentejo, não há estações ferroviárias com serviço de Intercidades, sendo necessário efetuar a viagem de automotora (comboio regional movido a diesel) até à Estação de Casa Branca e depois fazer o transbordo para o Intercidades proveniente de Évora com destino a Lisboa (efetua paragens em Vendas Novas, Pinhal Novo e Pragal, em Almada).
As viagens com destino a Évora e Beja são efetuadas também por automotoras.
O clima desta zona interior Sul do País apresenta forte feição mediterrânea. Esta traduz-se nomeadamente em precipitações relativamente baixas e concentradas no Inverno, temperaturas médias altas, amplitudes térmicas elevadas, humidade relativamente baixa, nebulosidade baixa e insolação e radiações elevadas no Verão.
Geologicamente, o Concelho de Alvito, e subsequentemente a freguesia de Vila Nova da Baronia, situa-se no limite entre os terrenos antigos antemesozoitos, pertencentes ao bordo ocidental do Maciço Hespérico, na parte Sudoeste da zona de Ossa-Morena, e os terrenos mais modernos mesocenozóicos que constituem a orla ocidental, localmente representados pelas formações cenozóicas da bacia do Sado.
A população registada nos censos foi:[2]
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Distribuição da População por Grupos Etários[17] | |||||||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | |||||
2001 | 181 | 194 | 594 | 359 | |||||
2011 | 159 | 116 | 639 | 331 | |||||
2021 | 123 | 109 | 528 | 324 |
A agricultura apresenta-se como principal atividade económica da freguesia. Os outros sectores, como a construção, comércio e serviços tem um papel menor na geração de riqueza da freguesia.
As principais atividades agrícolas são tipicamente mediterrânicas, tais como a extração de cortiça, a cultura de trigo, cultura de oliveiras tradicionais, criação de suínos, ovinos e bovinos. A cultura de vinha também tem vindo a ganhar alguma relevância nos últimos anos.
Embora a freguesia de Vila Nova tenha de certa forma "resistido" à implementação das culturas superintensivas de olivais e amendoais, estes têm vindo a ganhar alguma dimensão nos últimos anos.
Em Vila Nova da Baronia realizam-se três festas tradicionais por ano, as festas de Sant'Águeda e São Neutel, no fim de semana de Pascoela; a Feira Anual, no terceiro fim de semana de Julho e as festas de Santa Maria nos dias 14 e 15 de Agosto.
A gastronomia na freguesia de Vila Nova da Baronia é tipicamente alentejana e os principais pratos (típicos do Alentejo) servidos nos vários restaurantes são açorda (ou sopa) de cação, ensopado de borrego, carne de porco à alentejana, migas, sopa de beldroegas, carrasquinhas, entre outros. Mas também são confecionados pratos típicos da cozinha portuguesa, como o cozido à portuguesa ou o bacalhau espiritual, bem como grelhados na brasa.