Neste artigo exploraremos o impacto de Ateísmo de Estado em diferentes aspectos da vida cotidiana. Da influência na cultura popular à relevância na história, Ateísmo de Estado deixou sua marca em diversas áreas. Analisaremos como Ateísmo de Estado moldou a forma como nos relacionamos com o mundo que nos rodeia, bem como o seu papel na evolução da sociedade. Através de uma análise detalhada, buscaremos compreender melhor a importância de Ateísmo de Estado e como ela marcou um antes e um depois na nossa percepção da realidade. Este artigo pretende oferecer uma visão ampla e diversificada sobre Ateísmo de Estado, abordando diferentes perspectivas e possíveis implicações para o futuro.
Mapa mundial mostrando nações que anteriormente ou atualmente praticam o ateísmo de Estado.
Países que praticavam o ateísmo de estado no passado
Países que praticam o ateísmo de estado atualmente
O ateísmo de Estado é a incorporação do ateísmo ou não-teísmo em regimes políticos.[1] Pode também referir-se a tentativas de secularização em grande escala por parte de governos.[2] É uma forma de relação religião-estado que está geralmente ligada ideologicamente à irreligião e à promoção da irreligião em certa medida.[3] O ateísmo de Estado pode referir-se à promoção de anticlericalismo, que se opõe ao poder institucional religioso e à influência em todos os aspetos da vida pública e política, incluindo o envolvimento da religião na vida quotidiana do cidadão.[4][5][6] Em alguns casos, os símbolos religiosos e práticas públicas que outrora eram mantidas pela religião foram substituídos por versões secularizadas.[7] O ateísmo de Estado também pode existir de uma forma politicamente neutra, caso em que é considerado como não secularizado.[1]
Em contraste, um Estado secular pretende ser oficialmente neutro em matéria de religião, não apoiando nem a religião, nem a irreligião.[1][16][17] Numa análise de 35 estados europeus em 1980, 5 estados foram considerados "laicos" no sentido de neutralidade religiosa, 9 considerados "ateus", e 21 estados considerados "religiosos".[18]
A Albânia tornou-se um Estado ateu declarado por Enver Hoxha,[19][20] e manteve-se assim a partir de 1967 até 1991.[21] A tendência ateísta na Albânia foi levada ao extremo durante o regime quando religiões foram identificadas como importações estrangeiras para a cultura albanesa e foram totalmente proibidas.[21] Esta política foi aplicada e sentida principalmente no interior das fronteiras do atual estado albanês, produzindo uma maioria da população não religiosa.[22]
A Lei de Reforma Agrária, de agosto de 1945, nacionalizou as propriedades de instituições religiosas, incluindo os bens de mosteiros, ordens e dioceses. Em maio de 1967, todas as instituições religiosas tinham renunciado a 2.169 igrejas, mesquitas, claustros, e santuários, muitos dos quais foram convertidos em centros culturais para os jovens. Muitos imãs muçulmanos e sacerdotesortodoxos renunciaram ao seu passado. Mais de 200 clérigos de diferentes religiões foram detidos, enquanto outros foram obrigados a procurar emprego em qualquer indústria ou agricultura. Como as obras literárias mensais da editora Tëtë Nëntori relataram, a Albânia "criou a primeira nação ateísta do mundo." De 1967 até o fim do regime comunista, foram proibidas as práticas religiosas no país que foi proclamado oficialmente ateu, marcando um evento que aconteceu pela primeira vez na história mundial.[carece de fontes?]
A URSS desde 1922 tornou-se um Estado ateísta. Em 1934, 28% das igrejas ortodoxas cristãs, 42% das mesquitasmuçulmanas e 52% das sinagogasjudaicas foram fechadas na URSS.[23][24] Dentro de cerca de um ano da revolução, o Estado expropriou todos os bens da Igreja, incluindo as próprias igrejas, e no período de 1922 a 1926, 28 bispos Ortodoxos Russos e mais de 1.200 sacerdotes foram mortos (um número muito maior foi objeto de perseguição).[25]
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