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Peter Ware Higgs FRS, FRSE, FKC (Newcastle upon Tyne, 29 de maio de 1929 – Edimburgo, 8 de abril de 2024) foi um físico teórico britânico e professor emérito da Universidade de Edimburgo. Foi laureado com o Nobel de Física de 2013, juntamente com François Englert, pela descoberta do mecanismo de Higgs.[1]
Higgs ficou conhecido por sua proposta de 1960 de quebra da simetria na teoria “eletrofraca”, explicando a origem da massa das partículas elementares em geral e, em particular, dos bósons W e Z. O assim chamado mecanismo de Higgs teve vários inventores além de Higgs, e prevê a existência de uma nova partícula, o bóson de Higgs (muitas vezes descrita como "a mais procurada partícula na física moderna"). Identificado pelo CERN, o bosón de Higgs teve sua existência oficialmente anunciada para o mundo em 4 de julho de 2012. O mecanismo de Higgs é tido como um ingrediente importante no modelo padrão de partículas físicas, sem a qual as partículas não teriam massa.
Foi homenageado com uma série de prêmios em reconhecimento de seu trabalho, incluindo a Medalha Dirac pelas contribuições à física teórica do Instituto de Física em 1997, o Prêmio High Energy and Particle Physics pela Sociedade Europeia de Física em 1997, o Prêmio Wolf de Física em 2004 e o Nobel de Física de 2013.
Nascido em Elswick, um distrito de Newcastle, Inglaterra.[2] Seu pai trabalhava como engenheiro de som para a BBC, devido a isso e futuramente pela II Guerra Mundial, ele junto com a família se mudava constantemente, com isso Higgs perdeu os anos iniciais da escola e foi ensinado em casa. Higgs frequentou a Cotham Grammar School onde ele foi inspirado pelos trabalhos de um dos ex-alunos da escola, Paul Dirac.
Aos 17 anos Higgs entrou para a City of London School, onde se especializou em matemática, após foi para a King's College London, onde se graduou com honras como 1° da turma de física, em 1950. Um ano depois obteve um mestrado em ciências e começou a pesquisar. Em 1954 obteve um PhD, com a tese "Alguns Problemas na Teoria Molecular Ondulatória" (Some Problems in the Theory of Molecular Vibrations), trabalho que sinalizou o início de seu interesse ao longo da vida com as ideias sobre a simetria dos sistemas físicos.[2]
Higgs assumiu a cadeira de Teoria Física na Universidade de Edimburgo em 1980. Em 1983 se tornou membro da Royal Society, e recebeu a Medalha e o Prémio Rutherford em 1984, se tornou membro do Instituto de Física em 1991. Higgs aposentou-se em 1996, tornando-se professor emérito na Universidade de Edimburgo.[2]
Em Edimburgo, Higgs se interessou inicialmente em massa, desenvolvendo a ideia de que as partículas - não possuíam massa quando o Universo começou - adquirem massa uma fração de segundos depois como resultado da interação com o campo teórico (que ficou conhecido como campo de Higgs). Higgs postulou que este campo que permeia o espaço, dando a todas as partículas subatômicas elementares que interagem com ele as suas massas.
Enquanto o Campo de Higgs é postulado para gerar massa nos quarks e léptons, isto causa somente uma pequena porção da massa das outras partículas subatômicas, como prótons e nêutrons. Nessas partículas, os gluôns que ligam os quarks juntos, gerando a maior parte da massa na partícula.
A base original do trabalho de Higgs veio do japonês o teórico e ganhador do Prêmio Nobel Yoichiro Nambu da Universidade de Chicago. O Professor Nambu havia proposto uma teoria conhecida como quebra espontânea de simetria baseado no que acontece na supercondutividade em matéria condensada; entretanto, a teoria previa partículas sem massa (o teorema de Goldstone ). Em 1962, o teorema de Goldstone apresentou que em uma quebra espontânea de simetria em um campo relativístico resulta em um bóson sem massa de spin-zero, o que é excluído experimentalmente. No artigo publicado na Physics Letters em 15 de setembro de 1964, Petter Higgs mostrou que o bóson de Goldstone precisava não ocorrer quando uma quebra espontânea de simetria local na teoria relativística. Como alternativa, o modelo de Goldstone prevê uma terceira polarização do massivo vetor de campo. O outro modelo do escalar original paralelo mantém como uma partícula massiva de spin-zero - o bóson de Higgs.[3]
Higgs escreveu um segundo artigo, descrevendo o que acabou sendo chamando de "modelo de Higgs" e enviou para a Physics Letters, mas foi rejeitado "sem relevância óbvia a física". Higgs revisou o artigo e enviou para a Physical Review Letters, onde foi aceito. Outros físicos, Robert Brout e François Englert e Gerald Guralnik, Carl Richard Hagen e Tom Kibble chegaram a conclusões similares por volta do mesmo tempo. Na versão publicada Higgs cita Brout e Englert.[3]
Em 13 de dezembro de 2011, CERN reportou que em dois experimentos independentes no LHC (Large Hardron Collider) observaram-se "dicas tentadoras" da existência do bóson de Higgs.[4] Em 4 de julho de 2012 o CERN anunciou que os experimentos no ATLAS e CMS observaram fortes indicativos da presença de uma nova partícula, que poderia ser o bóson de Higgs, com massa na região dos 125 gigaeletrovolts (GeV).[5]
Peter Higgs teve dois filhos: Chris, uma cientista da computação, e Johnny, um músico de jazz.
Higgs morreu no dia 8 de abri de 2024, aos 94 anos.[6]
Precedido por Serge Haroche e David Wineland |
Nobel de Física 2013 com François Englert |
Sucedido por Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura |
Precedido por Francis Farley |
Medalha Hughes 1981 Tom Kibble |
Sucedido por Drummond Hoyle Matthews e Frederick Vine |
Precedido por Bertrand Halperin e Anthony Leggett |
Prêmio Wolf de Física 2004 com Robert Brout e François Englert |
Sucedido por Daniel Kleppner |
Precedido por Alec Jeffreys |
Medalha Copley 2015 |
Sucedido por Richard Henderson |