No mundo de hoje, Primeiro milénio d.C. é um tópico que chamou a atenção de milhões de pessoas em todo o mundo. Seja pela sua relevância hoje, pelo seu impacto na sociedade ou pela sua importância histórica, Primeiro milénio d.C. tem conseguido posicionar-se como um tema de interesse geral nas esferas social, cultural, política e económica. Ao longo dos anos, Primeiro milénio d.C. tem sido alvo de inúmeros estudos, debates e controvérsias, levando a uma maior compreensão e análise das suas diferentes dimensões. Neste artigo exploraremos a fundo o fenômeno Primeiro milénio d.C. e suas implicações no nosso dia a dia, com o objetivo de lançar luz sobre um tema que continua a gerar grande interesse e curiosidade na sociedade atual.
O primeiro milénio d.C. começou no ano 1 d.C. e foi até o ano 1000. O primeiro milênio do Anno Domini ou Era Comum foi um milênio que abrangeu os anos 1 a 1000 (séculos I a X; em astronomia: JD 1721425,5 - 2086667,5). Nesse período, a população mundial cresceu mais lentamente do que durante o milênio anterior. Evoluiu de cerca de 200 milhões no ano 1 d.C. para cerca de 300 milhões no ano 1000.
Na Mesoamérica, o primeiro milênio foi um período de enorme crescimento conhecido como Era Clássica (200 d.C. – 900). Teotihuacan cresceu em uma metrópole e seu império dominou a Mesoamérica. Na América do Sul, as culturas costeiras pré-incas floresceram, produzindo trabalhos em metal impressionantes e algumas das mais belas cerâmicas já vistas no mundo antigo. Na América do Norte, a cultura do Mississippi cresceu no final do milênio nos vales dos rios Mississippi e Ohio. Inúmeras cidades foram construídas; Cahokia, o maior, era baseado no atual Illinois.
200 - A produção agrícola dos grandes latifúndios começou a declinar, caindo também o lucro dos proprietários. com menos impostos a receber, em consequência da crise econômica, o Estado Romano viu-se obrigado a tomar uma série de medidas, limitando bastante os gastos e aumentando o valor dos impostos.
Século III - Como saída para a crise, os proprietários rurais escolheram um novo sistema de arrendamento. Pelo novo sistema, os trabalhadores sustentavam-se com o próprio trabalho nos pedaços de terra fornecidos pelos donos. Em troca, tinham que trabalhar uns dias por semana para o proprietário. Esse tipo de arranjo tornava autossuficiente a produção de alimentos, mas dificultava a produção de excedentes para o comércio. Foram gradativamente transformados em colonos; plebeus da cidade, bárbaros que fugiam das guerras no mundo germânico, pequenos proprietários agrícolas e escravos que conseguiam obter seu pedaço de terra. A falta de gêneros alimentícios, a alta dos preços e o processo inflacionário trouxeram como consequência o êxodo urbano e o despovoamento das cidades. A crise provocada pela intervenção do exército nas lutas sucessórios enfraqueceu o poder imperial e destruiu a coesão político-militar do império para sempre.
235 - A morte do imperador Alexandre Severo, em 235, mergulhou o Império Romano na anarquia militar que se prolongou por meio século até 284. Impostos abusivos provocam tumultos e revoltas nas províncias.
250 - A crise financeira foi consequência do desequilíbrio entre a arrecadação fiscal do estado e sua despesa com a manutenção do aparelho administrativo e militar. Para cobrir os gastos governamentais, os imperadores desvalorizavam constantemente a moeda, provocando um aumento de 300% nos preços, o que por sua vez desencadeou um enorme surto de inflações galopantes.
300's - O declínio do comércio, da indústria e da agricultura provocou a agrarização da economia, que regrediu a níveis de mera subsistência, troca direta, pagamento em espécie e produção essencialmente rural. A sociedade se ruralizou e as populações urbanas refluíram para o campo, passando a viver nas grandes propriedades rurais, as vilas. Essa ruralização econômica e de descentralização política enfraqueceu o Império Romano e preparava para o surgimento do feudalismo nos anos 900s.
380 - O cristianismo se torna a religião oficial do Império Romano.
395 - Teodósio proíbe outras religiões a serem praticadas e divide o império em dois.
Século V - A sociedade na chamada Alta Idade Média (476 - 900) foi marcada por profundas mudanças políticas e sociais e pela ruralização da econômia. Violentas invasões bárbaras, insegurança e caos aumentaram e várias cidades e aldeias são saqueadas ou destruídas. Muralhas e castelos fortificados de pedra começaram a surgir por toda parte na Europa. A população caiu pela metade, de 60 milhões no ano 300 para 30 milhões por volta do ano 600.
500 - O Império de Tiahuanaco começa a florescer juntamente com a cultura de Wari, na Cordilheira dos Andes, realizando comércio e também cultos estatais.
511 - Morte de Clóvis, seu Reino é dividido entre seus quatro filhos.
535 - 536 - O mundo passou por um período de resfriamento extremo, causado por erupções vulcânicas gigantescas e o impacto de um cometa a um dos vulcões. O evento bloqueou a luz e o calor solar, que direta ou indiretamente levaram à mudança do clima, fome, migração, guerra, quebra de safra, e mudanças políticas no mundo inteiro. A temperatura do planeta já estava em declínio no século V, mas se acentuou no sexto após esses eventos, o resfriamento global causou também quebra de safra e seca na América Central, um pó amarelo estranho sobre a Ásia, uma densa neblina fria sobre a Europa, Oriente Médio e China, e queda no nível das águas dos oceanos devido ao aumento das geleiras.[carece de fontes?]
573 - Inicio de importantes guerras civis entre os francos.
600 - Invenção da charrua no Noroeste Europeu, região entre os rios Senae Reno. O surgimento da charrua pesada de metal foi muito importante para a agricultura europeia, mas só se popularizou para outras regiões nos séculos IX e X.
700 - A cidade de Teotihuacán, no Vale do México, vai entrando em declínio e sua população começa a diminuir rapidamente.
711 - Partidários de Vitiza fazem acordo com os árabes muçulmanos do Marrocos para lutar contra o rei Rodrigo, seu pai, mas o general sarraceno quebra o acordo e começa a invadir o Reino Visigótico em 712.
712-718 - Invasão da Península Ibérica pelos muçulmanos. Resistência e início da Reconquista ibérica cristã. Pagãos se aliam aos cristãos contra os invasores. A insegurança aumenta abruptamente.
712 — O general árabe Muça ibne Noçáir invade Medina, Sidônia e Sevilha, e cerca Mérida, que resiste por muitos meses, rendendo-se, sob pacto, em junho de 713.
772-782 - Carlos Magno conquista todo o resto da Germânia, o nordeste da Espanha e o Reino Lombardo na Itália.
780-802- Líder de um império guerreiro bárbaro-romano, Carlos Magno selecionou um grupo de 12 pares para formar seu conselho de guerra, ele também aprovou uma série de normas escritas, conhecidas como capitulares, que reuniam os usos e costumes adotados pelos francos. Para administrar cada região, o Império Carolíngio contou com muitos funcionários e nobres, os que se destacaram foram os condes (responsáveis pelos territórios conhecidos como condados) e os marqueses (responsáveis pelos territórios nas fronteiras do império, isto é, as marcas). Os marqueses tinham várias funções, dentre os quais convocar e organizar as tropas, cobrar tributos e zelar pela manutenção de estradas e pontes. Em troca da fidelidade e desses serviços, condes, duques, marqueses e outros vassalos recebiam o beneficium do imperador, ou seja, eles passaram a exercer poder local, havia também o missi-dominici, inspetores do soberano que viajavam pelo território para fiscalizar os administradores locais, também eram proprietários de terra. Os camponeses, por sua vez, não tinham propriedades e deviam trabalhar nas terras e pagar impostos.
785 — Carlos Magno chega ao nordeste da Espanha e retoma Gerona.
795 - Os viquingues chegaram à Irlanda. Os viquingues se estabeleceram na costa norte de Espanha, lutando ao lado do rei das Astúrias contra os sarracenos.
800 - Renascença Carolíngia - Carlos Magno queria restaurar o Império Romano do Ocidente, e por isso mandou construir escolas para resgatar a cultura latina adormecida nas antigas cidades da Gália, buscando reviver o saber clássico estabelecendo os programas de estudo a partir das sete artes liberais: o trivium, ou ensino literário (gramática, retórica e dialética) e o quadrivium, ou ensino científico (aritmética, geometria, astronomia e música), foram construídos vários monumentos arquitetônicos inéditos e inspirados na arquitetura romana dos quais quase nenhum ficou de pé depois das invasões e fragmentação do Império em 843. A produção cultural carolíngia chegou a superar a do Mundo Islâmico e bater os concorrentes do Alandalus, mas a economia carolíngia era estagnada, fechada e feudal, na verdade, dês do século IV diversos fatores haviam dificultado o comércio e a vida urbana na Europa. Por conta disso e outros fatores como as invasões, a Renascença Carolíngia não deu muito certo, pois o terreno não era apropriado e somente o Renascimento Comercial e Urbano dos séculos XI e XII é que construiriam esse 'terreno' para sustentar uma Renascença Cultural e Cientifica por volta dos 1500.
Inicio do século IX - População europeia para de declinar, se estabiliza e começa a crescer vagarosamente a partir da década de 850. Apesar da violência, a população crescia, pois as doenças e a fome havia diminuído bastante, além disso, a Charrua agrícola estava se expandindo.
801 - Carlos Magno reconquista Barcelona e funda a Marca Hispânica.
809 — Carlos Magno recupera Tarragona e Lérida e ultrapassa o rio Ebro: é a consolidação da Marca Espanhola.
813 — Grande Rebelião popular ibérica contra os mouros no sul da Espanha, focos de resistência.
841 - Os constantes ataques aliados com disputas sucessórias levaram ao fim a efêmera unidade territorial, todo litoral ficou muito inseguro e as cidades tiveram que ser fortificadas com grossas muralhas, mas não se conseguia garantir a defesas locais, então foram construídos vários Castelos, muitos sem autorização real. Castelização e Feudalização (850-900).
878 — Hermenegildo Mendes, conde de Coimbra, repovoa a cidade.
896 - Os magiares começam seus ataques e saques na Europa Centro-Ocidental.
Algum momento incerto do século IX - Invenção da pólvora.
900 - Insegurança geral, novas invasões e guerras feudais, a violência e insegurança generalizada aumentou de tal maneira que a vida só se tornou possível junto aos castelos fortificados.
Século X - Diminuição da violência. A sociedade feudal se estabeleceu em sua plenitude. O clima mais quente após os 900 favoreceu a produção de comida, fazendo que a população ficasse mais resistente a doenças e aumentasse.
911 - Duques germânicos apossaram-se do poder, dando origem a monarquia de caráter eletivo e mais descentralizado na Germânia.
922 — O Condado de Aragão é incorporado ao reino de Pamplona, já fragmentado em vários condados e ducados feudais.
936 - Oto I, duque da Saxônia, é eleito rei da Germânia e com o apoio dos condes. Oto I conquistou o direito de investidura de bispos. Dessa maneira, diminuiu o poder e a influência dos grandes duques, acelerando a Feudalização, pequenos senhores feudais ganharam grande autonomia, que foi bastante comemorado pelas populações locais, já que serão melhor governados e a defesa contra invasões será mais eficiente e rápido.
936-1002 - Renascença Otoniana.
950-1000 - Série de inovações tecnológicas no Ocidente medieval como a substituição do sistema bienal pelo sistema trienal [necessário esclarecer], o surgimento do moinho de vento no norte da Europa, a substituição do boi pelo cavalo e do arado pela charrua quadrúpla de metal traçado a dois cavalos, os animais de carga tiveram seus cascos calçados com ferraduras, e sobre os rios foram construídos pontes pênseis. A tração animal passou a ser melhor aproveitado com a atrelagem em fila, e a criação da coleira no peitoral do animal. Além disso, a trégua de deus imposta pela Igreja, reduziu a violência entre a população e cessaram as invasões bárbaras na década de 950. O crescimento demográfico gerou, simultaneamente, mais mão-de-obra para produzir. Devido a isso, as áreas de cultivos foram ampliadas com a derrubada de florestas e a drenagem de pântanos. Mas aumentar a produção corresponderia um novo tributo cobrado pelo senhor feudal, desestimulando a produção de excedentes pelos servos, esses que também produziam qualquer objeto mobiliário, que necessitassem, de móveis a agasalhos de lã ou tintas para tecido e outros.
987 - Fim da dinastia carolíngia, já bastante enfraquecida. Poder dos reis copetíngios é apenas simbólico.
990 - A expansão demográfica chocava-se com o imobilismo do sistema feudal, baseado em unidade produtiva auto-suficiente de subsistência não-monetária que reduzia o interesse pelas inovações. Não ocorreu o aumento de produtividade necessário para satisfazer a crescente população, e na medida em que o sistema como um todo não podia mais sustentar o excedente populacional, muitos acabaram sendo marginalizados e expulsos dos feudos. A marginalização social atingiu não apenas servos como também nobres sem terra, os servos buscavam sobreviver ocultando-se em bosques, reocupando antigos centros urbanos abandonados ou fundando novos. Aos poucos, renasciam e cresciam as atividades urbanas, especialmente o artesanato e o comércio. Entre os anos 1000 e 1150, a exploração camponesa se intensificou e fugir dos feudos se tornou tentador, ainda mais tendo para onde ir, principalmente artesãos, tintureiros, tecelões, sapateiros, curtidores e outros servos empreendedores em alguma função que abandonaram o trabalho vinculados a terra para ser mercadores.
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