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Município | ||||
Vista parcial de Tarragona e do anfiteatro romano de TarracoVista parcial de Tarragona e do anfiteatro romano de Tarraco | ||||
Símbolos | ||||
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Gentílico | tarraconense, tarragonês, -nesa; tarragoní, -nina | |||
Localização | ||||
TarragonaLocalização de Tarragona na Espanha |
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TarragonaLocalização de Tarragona na Catalunha | ||||
Coordenadas | 41° 7' N 1° 15' E | |||
País | Espanha | |||
Comunidade autónoma | Catalunha | |||
Província | Tarragona | |||
Comarca | Tarragonès | |||
Alcaide | Pau Ricomà i Vallhonrat (2019-2023, ERC) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 63 km² | |||
População total (2021) | 135 436 hab. | |||
Densidade | 2 149,8 hab./km² | |||
Altitude | 68 m | |||
Código postal | 43001 - 43008 | |||
Código do INE | 43148 | |||
Outras informações | ||||
Orago | Santa Tecla | |||
Website | www.tarragona.cat |
Tarragona é uma cidade e município da Espanha, capital da província homónima e da comarca de Tarragonès, na comunidade autónoma da Catalunha. O município tem 63 km² de área e em 2021 tinha 135 436 habitantes (densidade: 2 149,8 hab./km²).
Situa-se cerca de 100 km a sudoeste de Barcelona. É banhada pelo mar Mediterrâneo. Tem grande tradição histórica cultural, é destino de muitos turistas, tanto por suas praias como por seu património histórico e artístico. As ruínas da antiga cidade romana de Tarraco estão inscritas na lista de Património Mundial da UNESCO desde 2000 com a designação de "Conjunto Arqueológico de Tarraco".
Com a frase Tarraco Scipionvm Opvs (Tarraco obra dos Cipiões) Plínio, ao final do século I a.C., fez referência ao momento fundacional da cidade. Este primeiro assentamento romano se encontrava muito próximo a um ópido ibérico fundado aos finais do século V a.C. Mano, o imperador de Tarragona venceu uma batalha contra os gregos no século VI com um contingente humano bastante reduzido.
A cidade republicana de Tarraco foi muito possivelmente um núcleo bifocal, com o acampamento militar na parte alta e a área residencial em torno ao povoado ibérico e ao porto. A presença militar estável comportou a chegada não só de soldados, senão também de comerciantes e cidadãos romanos que viram na Hispânia uma terra que lhes oferecia novas oportunidades.
Uma das principais infraestruturas sobre as que se cimentou Tarraco foi, sem nenhuma dúvida, o porto, e sua situação estratégica em cima de uma pequena colina que permitia uma visão mais ampla e uma defesa mais fácil.
A vitória romana sobre os cartagineses e a incorporação da Hispânia à República Romana acelerou o processo de consolidação das defesas da cidade. Ali Júlio César reuniu os seus legados durante a guerra civil contra Pompeu, e devido à lealdade mostrada pelos tarraconenses, este concedeu à cidade o título de "Colônia Júlia Cidade Triunfal Tarraconense" (em latim: Colônia Iulia Urbs Triumphalis Tarraconensis.
Foi durante os anos 26−25 a.C. que Tarraco adquiriu uma maior relevância como cidade, devido à presença imperial, Tarraco se consolidou como a capital da Hispânia Citerior Tarraconense, e recebeu um forte impulso urbanístico, uma mostra disto foi a construção do teatro e do fórum local.
Durante o século I d.C. a cidade cresceu e se consolidou. O assassinato de Nero, no ano 68, marcou o início de um período de convulsão e guerra civil em todo império. Se iniciava assim a dinastia Flaviana e um momento de grande esplendor para as províncias hispânicas. Vespasiano lhes concedeu o Ius latii, em torno de 73. A partir deste momento, todos os hispanos livres foram considerados cidadãos latinos. Desta forma, Tarraco, como capital da Hispânia Tarraconense dispunha de dois fóruns: um colonial e outro provincial.
Durante o século II a cidade chegou a sua máxima expressão graças à construção do último de seus grandes edifícios de entretenimento: o anfiteatro. Tarraco foi objeto das incursões francas aos meados do século III. Depois do século III, a cidade recobrou seu dinamismo a partir da recuperação geral que trouxe a chegada ao poder de Diocleciano e de sua tetrarquia desde o ano 285. A partir desta época a cidade se revitalizou.
O cristianismo e sua implantação são elementos imprescindíveis para explicar a Tarraco tardia. O bispo Frutuoso e os diáconos Augúrio e Eulógio, foram objetos de perseguição e morte no ano 259. O lugar de sua sepultura acabou por converter-se no centro eclesiástico de Tarraco a partir do século V. Esta igreja, próxima ao rio Francoli, levou a construção de outros edifícios eclesiásticos como uma segunda basílica, muito próxima a primeira, que disponha de um átrio e edifícios agrários vinculados a ela. Todo este subúrbio cristão acabou por converter-se em um centro importante e dinâmico de Tarraco.
A documentação escrita do início do século V mostra uma Tarraco que mantinha estruturas sociais complexas, nas que o bispo metropolitano era o defensor da ordem estabelecido no Império no que Chistianitas era sinônimo de Romanitas.
Tarraco continuou sendo uma das principais metrópoles hispânicas durante a monarquia visigoda até que o panorama mudou radicalmente com a conquista da cidade pelos exércitos islâmicos e sua incorporação ao Alandalus até o ano 713. A partir deste momento, a cidade entrou em um largo e obscuro período que não concluiu até a conquista impulsionada pelos Condes Catalães no século XII, que comportou no restabelecimento da sede metropolitana de Tarragona.
Em 1129, o arcebispo de Tarragona, Oleguer Bonestruga, mediante um pacto feudo-vassalático, cedeu a cidade, como um principado eclesiástico, a um mercenário normando, Robert Bordet, que havia servido às ordens de Alfonso I de Aragão. Em 14 de março de 1129, este cavalheiro foi nomeado "Príncipe de Tarragona", na qualidade de defensor e protetor. A partir da feudalização de Tarragona, os normandos, comandados por Bordet, chegaram e se instalaram na cidade. Robert Bordet aproveitou uma antiga torre romana ainda em pé, a atual Torre do Pretório, para estabelecer seu castelo. Se iniciava assim um primeiro processo de colonização da cidade, dirigido sobre o terreno por Robert, mas controlado desde Barcelona pelo arcebispo.
A situação na cidade se complicou com a morte de Oleguer e a eleição de seu sucessor. Em 1146, o novo arcebispo, Bernat Tort, um homem de confiança do Conde de Barcelona, se estabeleceu na cidade. Iniciava-se assim um processo marcado pelos contínuos conflitos jurídicos entre Robert Bordet e os seguintes arcebispos.
A Tarragona do final do século XII já era um núcleo urbano plenamente consolidado que se havia convertido no centro diretor de um amplo território, a cidade cresceu e passou a ocupar toda a área interna do Fórum Provincial. Assim se mantinha, de certa forma, a estrutura arquitectônica herdada da época romana. A cidade cresceu para fora da área dos grandes monumentos, ao redor dos castelos. A Catedral começou a ser construída em 1171. O interior da grande praça do Fórum romano foi urbanizada no final do mesmo século.
O conjunto arqueológico que formou as ruínas romanas de Tarraco foi declarado Património da Humanidade pela UNESCO em 2000. Dentre os pontos turísticos de maior destaque estão:
Tarragona tem um dos maiores portos da Espanha, e tem uma universidade: a Universitat Rovira i Virgili.
Além da pujante economia local marcada pela presença de grandes multinacionais do setor químico, um porto e modernos centros de pesquisa, Tarragona possui também boa infra-estrutura turística. A cidade possui um charmoso centro medieval intra-muros e abriga inúmeras festas e festivais ao longo do ano. No mês de setembro, a cidade torna-se palco de belas apresentações dos grupos locais de pirâmides humanas, atraindo legiões de moradores e turistas ao seu centro histórico.
Perto de Tarragona localizam-se a estância balnear de Salou e o parque temático Port Aventura da Universal Studios, um dos maiores da Europa.
A cidade de Tarragona inclui o sítio "Conjunto Arqueológico de Tarraco", Património Mundial da UNESCO. |
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