«» Soneto 12 |
---|
When I do count the clock that tells the time, |
–William Shakespeare |
Sonetos de Shakespeare | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
|
Soneto 12 é um dos 154 sonetos de William Shakespeare. O poeta menciona uma série de imagens de mortalidade, como um relógio, uma flor murcha, uma árvore seca e de outono, etc. Então, na "virada" no começo do terceiro quarteto, o poeta admite que o jovem a quem o poema é dirigido deve ir entre as "perdas de tempo", assim como todas as outras imagens referidas. A única maneira por meio da qual ele pode lutar contra o tempo, Shakespeare propõe, é a procriação, ou seja, fazer uma cópia de si mesmo.
Na tradução de Thereza Christina Roque da Motta,
Quando conto as horas que passam no relógio, E a noite medonha vem naufragar o dia; Quando vejo a violeta esmaecida, E minguar seu viço pelo tempo embranquecida; Quando vejo a alta copa de folhagens despida, Que protegiam o rebanho do calor com sua sombra, E a relva do verão atada em feixes Ser carregada em fardos em viagem; Então, questiono tua beleza, Que deve fenecer com o vagar dos anos, Como a doçura e a beleza se abandonam, E morrem tão rápido enquanto outras crescem; Nada detém a foice do Tempo, A não ser os filhos, para perpetuá-lo após tua partida.Outra tradução disponível é a de Ivo Barroso ,
Quando a hora dobra em triste e tardo toque E em noite horrenda vejo escoar-se o dia, Quando vejo esvair-se a violeta, ou que A prata a preta têmpora assedia; Quando vejo sem folha o tronco antigo Que ao rebanho estendia a sombra franca E em feixe atado agora o verde trigo Seguir no carro, a barba hirsuta e branca; Sobre tua beleza então questiono Que há de sofrer do Tempo a dura prova, Pois as graças do mundo em abandono Morrem ao ver nascendo a graça nova. Contra a foice do Tempo é vão combate, Salvo a prole, que o enfrenta se te abate.